Luciana Temer criticou o ‘PL do Aborto’, proposta em tramitação na Câmara que equipara o aborto ao crime de homicídio.
Políticas públicas de garantia ao serviço de aborto legal aliadas à educação sexual de meninas jovens poderiam ajudar a proteger a vida das mulheres no país. A declaração é de Luciana Temer, advogada e diretora do Instituto Liberta, organização social que trabalha pelo fim da violência sexual contra crianças e adolescentes.
Segundo a especialista, são essas políticas que deveriam estar sendo debatidas por autoridades e lideranças no Congresso Nacional, e não o PL 1904/2024 – que equipara o aborto ao crime de homicídio e está em processo de tramitação na Câmara dos Deputados.
“A realidade do Brasil é que mulheres e meninas pobres não tem acesso aos serviços de saúde. Estamos falando de mulheres que não têm dinheiro para pagar a passagem de ônibus para ir até o hospital. Chegando ao hospital, não têm o serviço. São mulheres que, às vezes, precisam escolher entre andar de ônibus e comer. É uma violação de direitos”, completou.