Na reunião do Conselho de Segurança, António Guterres declarou que as partes envolvidas têm a responsabilidade de atuar em favor da paz
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência neste domingo (14) a pedido de Israel, horas após o ataque do Irã. Em discurso durante a sessão, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que o Oriente Médio está a beira de um conflito total.
Para o chefe da ONU, este é o momento de se “recuar do abismo” e que isso é “essencial para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio”.
Para Guterres, os civis já estão suportando o peso e pagando o preço mais alto pela atual situação. Ao apelar pela responsabilidade coletiva do Conselho, o chefe da ONU disse que é preciso envolver ativamente todas as partes para evitar nova escalada, tal como prevê a Declaração de Relações Amistosas de 1970. O documento proíbe atos de represália com o uso da força sob o direito internacional.
O líder das Nações Unidas enfatizou que as populações da região enfrentam um perigo real de uma arrasadora situação de guerra total, ao enfatizar que é hora de desarmar e diminuir a escalada. Guterres declarou ainda que este é o momento de exercer máxima moderação.
O chefe da ONU citou a solicitação da reunião feita pelo embaixador israelense apontando para “um ataque direto contra seu território” com mais de 200 drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos contra Israel, em clara violação da Carta das Nações Unidas.
Cessar-fogo
António Guterres disse ainda que o Conselho tem a responsabilidade partilhada de garantir um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, a libertação incondicional de todos os reféns e a entrega desimpedida de ajuda humanitária.
O secretário-geral ressaltou que é vital o trabalho comum para acabar com a violência na Cisjordânia ocupada, evitar o agravamento da situação ao longo da Linha Azul e restabelecer a navegação segura no Mar Vermelho.