A partir desta quarta-feira (1º) passa a valer o salário mínimo de R$ 1.039. É a primeira vez na história que o salário mínimo ultrapassa a faixa de R$ 1 mil desde o início do Plano Real, em 1994.
O reajuste é de R$ 41 e corresponde ao percentual de inflação do período, que fechou 2019 em 4,1%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE.
O valor é R$ 8 mais alto que o aprovado no Congresso Nacional há duas semanas – previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). Isso aconteceu porque a inflação fechou mais alta que o esperado, principalmente puxada pelo encarecimento da carne bovina.
Em resumo, o salário mínimo deste ano não tem ganho real, apesar do aumento.
A Medida Provisória que garante o aumento foi editada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada em edição extra do Diário Oficial da União ainda na terça-feira (31).
Impacto econômico
O governo estima que, para cada aumento de R$ 1 no salário mínimo, as despesas elevam-se em R$ 355,5 milhões, principalmente por causa do pagamento de benefícios da Previdência Social, do abono salarial e do seguro-desemprego, todos atrelados ao mínimo.
Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com