A tensão entre Israel e Irã mantém o mundo sob alerta. Após troca de ataques com mísseis e drones, de ambas as partes, mesmo sem grandes estragos nem mortos, o conflito entre os países segue latente. Abaixo, Moises Rabinovici lista as últimas novidades sobre o mais recente estresse no Oriente Médio:
- o Irã está para receber o primeiro dos 24 caças Su-35 “Flanker-E”, produzidos na Rússia. Atualmente, sua frota de aviões está defasada;
- o Irã aproveitou para testar um míssil balístico capaz de transportar uma ogiva nuclear entre os 300 drones e mísseis disparados contra Israel;
- parte de um míssil foi parar no Iraque. Iraniano? Israelense? O que se sabe é que ele deve ser de defesa e de cruzeiro avançado;
- uma explosão sacudiu a base militar de Calso, na província de Babilônia, ao sul de Bagdá, onde estão as forças de Mobilização Popular do Iraque. Não havia drone nem avião no ar, no momento. Morreu um homem e vários outros ficaram feridos. Israel desmentiu que fosse o responsável pelo ataque;
- os Estados Unidos consideram impor sanções ao batalhão israelense Netzah Yehuda, formado majoritariamente por ultraortodoxos, por violação aos direitos humanos contra palestinos na Cisjordânia. Israel tenta evitar a punição, que impediria ao batalhão de usar armamento norte-americano. O temor é de que o precedente possa atingir outros batalhões, inclusive os que estão/estiveram no front de Gaza;
- o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu promete iminentes “golpes dolorosos” e pressão diplomática contra o Hamas para libertar os reféns que estão em Gaza desde quando sequestrados em Israel em 7 de outubro. A promessa foi feita num discurso pré-Páscoa, o Pessach, que começa na terça-feira e dura uma semana. A Páscoa judaica comemora a libertação dos israelitas escravos no antigo Egito sob a liderança de Moisés;
- imagens de satélites mostram alguma destruição no sistema de radar iraniano que protege as instalações nucleares na região de Natanz. Elas foram divulgadas neste domingo pela oposição iraniana em Londres. A retaliação israelense à retaliação do Irã foi pequena, mas demonstrou que Israel tem recursos para atacar de dentro do território iraniano, e sabe que alvos são vitais. O New York Times publicou no sábado que Israel usou um míssil de alta tecnologia capaz de driblar radares e chegar a seu destino programado.
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