O juiz José Olindo Gil Barbosa manteve a prisão preventiva do delegado Anchieta Pontes suspeito agredir com golpes de garrafa uma mulher com quem manteve um relacionamento extraconjugal por quatro anos.
A manutenção da prisão foi decretada em audiência de custódia nesta sexta-feira (27) quando foi avaliado indicativo da prática de tortura durante a condução do preso, o que não foi constatado. Na decisão, o magistrado determinou que o delegado fique custodiado no 10º Distrito Policial.
Anchieta Pontes foi preso ontem (26) em sua casa na zona Leste. O Cidadeverde.com conversou com o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Baretta, que revelou detalhes do depoimento da vítima. Em um dos trechos, ela disse que a intenção do ex era matá-la e que foi ferida no braço e rosto, levando um chute na coxa que a fez desmaiar.
Corregedoria
Além de ser investigado na esfera criminal, o delegado também será alvo de processo administrativo por parte da Corregedoria da Polícia Civil.
Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta sexta-feira (27), o corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Emir Maia, afirmou que um processo será instaurado pela corregedoria ainda hoje (27).
“Se ao final ao final da instrução ficar caracterizado que ele infringiu alguma norma do nosso estatuto, ele será apenado com a pena correspondente. O processo administrativo será instaurado ainda hoje e deverá durar sua tramitação normal de 60 a 90 dias”, explicou.
O procedimento administrativo pode gerar sanções que vão desde uma advertência a expulsão da polícia.
Por: Graciane Sousa e Valmir Macêdo
Fonte: Cidadeverde.com