Dois homens foram presos na manhã desta terça-feira (2) com centenas de cédulas em branco para emissão de documentos falsos em Teresina. O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Tales Gomes, disse que um dos suspeitos comercializa RG, carteira de habilitação, certidão de nascimento e certidão de óbito. Com eles, foram encontrados 143 cédulas de identidades verdadeiras em branco, que pertencem ao Instituto de Identificação.
Dupla é presa com 143 cédulas para falsificação de documentos falsos e uma arma de fogo — Foto: Lucas Pessoa/G1
Os homens foram presos nos fundos de uma loja de água mineral no bairro Vermelha, Zona Sul de Teresina. Segundo a polícia, o local funcionava como uma espécie de “escritório” que emitia documentos falsos. As identidades eram vendidas no valor de R$ 500. Um carro, avaliado em R$ 90 mil, foi apreendido no local.
Carro teria sido comprado com documentos falsos adquiridos no “escritório” — Foto: Lucas Pessoa/G1
“Havia uma loja que vendia água mineral e na parte de trás estava o escritório, onde era feita a falsificação. Nós apreendemos no local um carro do modelo Cruze, que tinha sido adquirido com documentos falsificados fabricados no ‘escritório’”, Contou o delegado Tales Gomes.
O suspeito apontado como dono do “escritório” vendia também, segundo a Polícia, cédulas em branco para emissão de Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV), vários cartões de crédito e dinheiro.
“A polícia descobriu este esquema de fraude de documentos depois de fazer muitas apreensões de veículos com documentos falsos. A equipe de investigação fez um levantamento e chegou ao senhor Francisco da Silva Alves, dono de um escritório usado na fabricação dos documentos. Também foi preso José Aldenir Siqueira Melo, por porte ilegal de arma”, contou o delegado.
Cartões encontrados com dupla na Zona Sul de Teresina — Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança
O delegado Tales Gomes informou que as investigações continuarão para descobrir como essas cédulas de identidade verdadeiras, que deveriam estar nos órgãos responsáveis, foram parar nos “escritório” do suspeito.
“Vamos investigar o fato do papel usado na falsificação ser verdadeiro. Eles são do Instituto de identificação, são verdadeiros. O que é falso é a emissão, porque eles não tem autoridade para fazer este serviço”, declarou.