Filho de Flordelis descreve rituais na casa da deputada: ‘Não era normal no meio evangélico’

Filho afetivo da deputada Flordelis, Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, descreveu, durante audiência na tarde desta sexta-feira, rituais que eram feitos na casa da parlamentar. Questionado pelo advogado da deputada, Misael negou que fossem rituais satânicos, mas afirmou que aquilo “não era normal no meio evangélico“.

– Ela nos passava como uma coisa de Deus, como algo que estava na Bíblia. No início, eu tinha 13 anos. Então acreditei, caí de cabeça – relatou.

Questionado se os rituais continuavam acontecendo nos últimos anos, Misael afirmou que sim.

Foto: Reprodução da matériaFlordelis, durante audiência nesta sexta-feira, olha para os filhos, presos acusados de participação no crime

– Ela pegava nomes de pessoas que queria que se aproximassem da família e fazia a preparação. Tinha mel, açúcar e alguidar. Havia orações, pedidos para Deus, mas aquilo não era normal no meio evangélico – explicou Misael, detalhando que os rituais ocorriam desde a época em que a família morava na favela do Jacarezinho, na Zona Norte.

Misael pediu para prestar depoimento sem a presença de todos os réus, incluindo Flordelis. Ele afirmou que se sentia intimidado e citou a convivência de mais de 30 anos na casa. Sobre a época em que a família vivia no Jacarezinho, Wagner relembrou como foi morar na casa de Flordelis, com cerca de 13 anos. Ele relatou como passou a ser chamado de Misael e citou outros filhos que também mudaram de nome.

Foto: Reprodução da matéria

– Ela falava que era um anjo enviado de Deus. Disse que o Wagner tinha morrido e que o filho espiritual dela tinha nascido, o Misael.

Wagner também confirmou que Anderson já se relacionou com Simone dos Santos, filha biológica de Flordelis, quando ambos ainda eram adolescentes. Simone também é acusada de matar o pastor.

Sobre o início do relacionamento entre Anderson e Flordelis, Misael afirmou que foi “da noite para o dia“.

– Ele (Anderson) era denominado guardião dela. Eles foram se casar em 1998 porque ela precisava de uma figura paterna na família. Não havia um pai. Da noite para o dia, eles estavam casados no cartório – contou.

O depoimento de Misael, que durou pouco mais de duas horas, foi marcado por desavenças entre o advogado Anderson Rollemberg, que defende Flordelis, e a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce.

– Doutor, o senhor está tumultuado o processo. Faça a pergunta corretamente – disse a magistrada.

O advogado rebateu:

– Estou tentando trabalhar, Excelência. Estou tentando.

Misael foi a segunda testemunha de acusação a prestar depoimento na tarde desta sexta-feira. Antes dele foi ouvido sua esposa, Luana Rangel.

Fonte: Radiofonefm / Com informação: Extra.globo.com

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