Floriano foi uma das primeiras cidades no Brasil a ofertar na rede de Atenção Básica do município a cloroquina e azitromicina, medicação utilizada no tratamento da covid-19.
A Secretaria Municipal de Floriano, cidade localizada a 244 km de Teresina, está distribuindo kit de hidroxicloroquina e azitromicima para pacientes fazerem o tratamento em casa. Um total de 21 pacientes estão sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde de Floriano e tem conseguido bons resultados.
Foto: Ascom/prefeitura de Floriano
Nesta quinta-feira (14), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, está em Floriano para conhecer o novo protocolo adotado de forma domiciliar e entre pacientes internados no Hospital Tibério Nunes.
O tratamento conta com orientação da médica Marina Bucar Barjud, que trabalha na linha de frente no combate à doença no Hospital HM Puerta del Sur, em Madrid, na Espanha.
A Secretaria de Saúde de Floriano adquiriu 300 kits da medicação utilizada em fase inicial do tratamento da Covid-19 (cloroquina e azitromicina).
O secretário Municipal de Saúde de Floriano, James Rodrigues, explica o método.
O paciente com sintomas leves da covid-19 – tosse, febre – procura a UBS da Funasa e lá a pessoa passará por uma série de avaliações médicas e exames como tomografia, eletrocardiograma e exames de sangue. A UBS é a referência no município para tratar e distribuir os medicamentos.
Após avaliação, o paciente leva um kit de medicamentos – hidroxicloroquina e azitromicina – para fazer o tratamento por sete dias em casa.
Segundo o secretário James Rodrigues, a diferença do tratamento de Floriano para outros estados é a prescrição precoce para reduzir a fase de inflamação.
“Estamos fazendo um tratamento precoce com atenção básica para evitar que a doença evolua e o paciente se interne. Tudo com acompanhamento da equipe de saúde e realização de novos exames. Os resultados são bastantes positivos”, afirmou o secretário.
O Hospital Tibério Nunes – que atente todo o sul do estado – tem 10 leitos de UTIs e 50 leitos clínicos.
Segundo o secretário de Floriano, o protocolo no tratamento domiciliar foca na fase 1 – que é o início da doença. “A cloroquina reduz o processo de inflamação. Não é a cloroquina que está ajudando, é também uma série de medidas”.
Dos 21 pacientes que fazem tratamento domiciliar, o secretário disse que todos não evoluíram para a fase 2, que é internação.
“O paciente é acompanhado, volta a fazer exames como eletrocardiograma, pois sabemos que há alguns efeitos colaterais em pacientes com cardiopatia.
Três óbitos em Floriano
O secretário garante que a experiência não é o “salvador da pátria” e que o segredo é a prescrição precoce. Os três pacientes que morrem ontem em Floriano são pessoas de outros municípios. Um óbito foi paciente de Socorro do Piauí, de 66 anos, outro de 57 anos de Manoel Emídio e a terceira morte foi um paciente de 76 anos de Júlio Borges.
“Não temos a cura do coronavírus. O que estamos mostrando é que o caminho é combater na forma precoce”, disse.
O médico Justino Moreira, diretor Técnico do Hospital Regional Tibério Nunes, afirmou que o tratamento na fase inicial da doença tem sido de fundamental importância para a melhora clinica dos pacientes submetidos à medicação.
“Nos primeiros dias, o vírus circula no organismo e depende da resposta imunológica da pessoa. Na maioria dos casos, os anticorpos conseguem combater a doença. Mas em outras acontece um hiperinflamação, comprometendo os pulmões”, afirmou.
Flash Yala Sena
Fonte: Cidadeverde.com