Com o tema Violência contra a mulher e segurança pública: um diálogo necessário, as conselheiras municipais de direito da mulher encerraram as atividades do ano de 2018, em reunião ordinária, com a presença da delegada Eugênia Villa, subsecretária de segurança pública do estado. A solenidade aconteceu na manhã desta terça-feira na sede do Conselho. Na ocasião, debateu-se sobre avanços na política de gênero e fortalecimento da rede de enfrentamento, destacando-se o papel do Conselho Municipal e sua atuação junto às mulheres em situação de violência doméstica.
A delegada Eugênia Villa fez um relato sobre a importância de políticas públicas e movimento de gênero, fazendo menção a Conferência da Mulher e seus eixos temáticos enquanto desafio para avançar, ainda exigidos para a efetividade das políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher. “O feminicídio tem face, e ela é negra, adulta, madura, sem traços de sedução, agrária, do campo. Então devemos olhar para as mulheres sem tratar a violência apenas como um fenômeno urbano, mas presente em todos os espaços”, pontua.
“Foi um momento oportuno para unirmos conhecimento técnico, informações sobre segurança e demandas vivenciadas diariamente por algumas conselheiras no enfrentamento às formas de violência contra a mulher. A delegada Eugênia pode ouvir as conselheiras e seus anseios, além de contribuir com um rico debate sobre gênero e segurança”, pontuou a vice-presidente do CMDM, Heline Santos.
A presidente da Fundação Wall Ferraz, Samara Pereira, presente na solenidade, levou informações relevantes sobre a política de profissionalização no município, com recorte específico de gênero: “Essa é mais uma oportunidade para mostrarmos de que a maneira a Fundação Wall Ferraz e a Prefeitura de Teresina tem contribuído para esse debate sobre gênero e combate a violência contra a mulher. Além da profissionalização nós também buscamos realizar o empoderamento dessas mulheres através do processo de desenvolvimento pessoal e profissional, de autoconfiança e elevação da autoestima”, disse.
A presidente do CMDM, Luciana Farias, fez um balanço das ações do conselho em 2018, pontuando pontos positivos e ações que devem ser aprimoradas, citando como exemplo visitas técnicas realizadas pelo Conselho às duas maternidades públicas, como parte das atividades da Campanha dos 16 dias de Ativismo e enfrentamento à violência contra a mulher, entregando material informativo sobre “Onde buscar ajuda?” produzido pela SMPM, com endereços e telefones atualizados de serviços de atendimento a mulheres vítimas de violência.
Durante a reunião também buscou-se sensibilizar as conselheiras a pensarem a política pública de gênero de forma macro, ampliando a visão para todas as formas de violência sofridas por mulheres todos os dias, em diferentes espaços, melhorando assim suas atuações enquanto organização da sociedade civil ou espaço público, que atuem em defesa de direitos das mulheres.